O rompimento das barragens de
contenção de rejeitos de minérios que ocorreu na região da cidade de mineira de
Mariana, no dia 5 de novembro de 2015, desencadeou uma das maiores tragédias
sociais e ambientais do Brasil. Um rio de lama desceu montanha abaixo, como uma
avalanche incontrolável soterrando a região de Bento Rodrigues, distrito de
Mariana.
Dias depois, a o rio de lama
seguia seu caminho natural para dentro de um rio de verdade: o rio Doce. Ele é
um dos principais rios da Região Sudeste do Brasil, responsável pelo
abastecimento de água para dezenas de cidades de Minas Gerais e do Espírito
Santo, além de fornecer a água para as atividades industriais e agropecuárias.
O rio Doce virou um rio de lama
contaminado desde sua nascente. A lama chegou a Governador Valadares, uma das
maiores e principais cidades do vale do rio Doce, no dia 9 de novembro turvando
a água. Mas dois dias depois, com o aumento da carga de barro, o que se via era
um mar marrom, sem vida, com peixes mortos aflorando na superfície. Não dá mais
para beber a água. A lama contaminou a água também com alumínio, manganês,
ferro.
A lama segue seu curso, como a
água do rio Doce seguiria. Seu destino é chegar ao mar e isto acontece na foz
do Doce em Linhares, cidade do Espírito Santo. Cidades capixabas como Colatina
aguardam a chegada da lama e já sabe que não terá mais a água do rio Doce
disponível por muitas semanas e meses.
O desastre em números: 60 Bilhões de litros de rejeitos de mineração
de ferro foram despejados ao longo de 500 km na bacia do Rio Doce, a 5ª maior
do país. O desastre deixou 07 mortos, 15 desaparecidos e mais de 500
desabrigados e transformou os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo
em desertos de lama.
A Samarco já foi multada pelo
Ibama em R$ 250 milhões pelos danos ambientais causados pelos rompimentos da
Barragem de Fundão e Santarém. Além disso, a Justiça de Minas Gerais determinou
o bloqueio de R$ 300 milhões da conta da empresa.
O trágico episódio em Mariana
(MG) está longe de ser a primeira grande crise a manchar a imagem da
anglo-australiana BHP Billiton – a maior mineradora do mundo em valor de
mercado em 2014 e uma das sócias da Samarco junto com a Vale –, mas pode se
tornar o episódio mais fatal em um empreendimento da empresa até hoje.
COMENTÁRIO: Se quiserem mudar a cor de alguns monumentos do Brasil,
a exemplo do Cristo Redentor que homenageou as vítimas parisienses, ainda tá em
tempo. Fonte: http://noticias.terra.com.br
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