domingo, 15 de novembro de 2015

Lama de represa segue o curso natural do Rio Doce com alto nível de contaminação.

O rompimento das barragens de contenção de rejeitos de minérios que ocorreu na região da cidade de mineira de Mariana, no dia 5 de novembro de 2015, desencadeou uma das maiores tragédias sociais e ambientais do Brasil. Um rio de lama desceu montanha abaixo, como uma avalanche incontrolável soterrando a região de Bento Rodrigues, distrito de Mariana.

Dias depois, a o rio de lama seguia seu caminho natural para dentro de um rio de verdade: o rio Doce. Ele é um dos principais rios da Região Sudeste do Brasil, responsável pelo abastecimento de água para dezenas de cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de fornecer a água para as atividades industriais e agropecuárias.

O rio Doce virou um rio de lama contaminado desde sua nascente. A lama chegou a Governador Valadares, uma das maiores e principais cidades do vale do rio Doce, no dia 9 de novembro turvando a água. Mas dois dias depois, com o aumento da carga de barro, o que se via era um mar marrom, sem vida, com peixes mortos aflorando na superfície. Não dá mais para beber a água. A lama contaminou a água também com alumínio, manganês, ferro.

A lama segue seu curso, como a água do rio Doce seguiria. Seu destino é chegar ao mar e isto acontece na foz do Doce em Linhares, cidade do Espírito Santo. Cidades capixabas como Colatina aguardam a chegada da lama e já sabe que não terá mais a água do rio Doce disponível por muitas semanas e meses.

O desastre em números: 60 Bilhões de litros de rejeitos de mineração de ferro foram despejados ao longo de 500 km na bacia do Rio Doce, a 5ª maior do país. O desastre deixou 07 mortos, 15 desaparecidos e mais de 500 desabrigados e transformou os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo em desertos de lama.

A Samarco já foi multada pelo Ibama em R$ 250 milhões pelos danos ambientais causados pelos rompimentos da Barragem de Fundão e Santarém. Além disso, a Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de R$ 300 milhões da conta da empresa.

O trágico episódio em Mariana (MG) está longe de ser a primeira grande crise a manchar a imagem da anglo-australiana BHP Billiton – a maior mineradora do mundo em valor de mercado em 2014 e uma das sócias da Samarco junto com a Vale –, mas pode se tornar o episódio mais fatal em um empreendimento da empresa até hoje.

COMENTÁRIO: Se quiserem mudar a cor de alguns monumentos do Brasil, a exemplo do Cristo Redentor que homenageou as vítimas parisienses, ainda tá em tempo.  Fonte: http://noticias.terra.com.br

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Cosme Júnior