quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Ruptura tucana com Cunha é pressão Pró-impeachment.

Obstrução na Câmara mostraria que PSDB fala sério sobre peemedebista.

O anúncio de rompimento da bancada do PSDB com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve ser visto com cautela. No mês passado, o PSDB divulgou nota pedindo o afastamento de Eduardo Cunha, mas manteve conversas de bastidor com ele para tentar detonar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Ontem à noite, deputados do PSDB diziam que a decisão da bancada daria uma última chance a Cunha de dar seguimento ao processo de impeachment. No fundo, esse movimento do PSDB objetiva pressionar Cunha, deixando claro que, se ele não aderir ao impeachment agora, o partido vai bombardeá-lo.

Hoje, a bancada do PSDB tem uma oportunidade de mostrar que fala sério ao anunciar rompimento. Pode entrar em obstrução e não aceitar votar nada na Câmara enquanto Cunha for o presidente da Casa. Pode fazer uma articulação com o DEM e também com a Rede e o PSOL, dois partidos que já estão na linha de frente contra Cunha. Uma frente de partidos diria que não aceita mais a condução que o peemedebista dá à Câmara.

Sem obstrução, o anúncio de rompimento do PSDB vale muito pouco. O PSDB também pode anunciar desde já que seus membros no Conselho de Ética votarão contra Cunha e que a bancada seguirá o mesmo procedimento em plenário.

Qualquer gesto que não resulte em obstrução e no compromisso de votos pela cassação de Cunha deve ser entendido como mais uma forma de pressão para o peemedebista aderir ao impeachment de Dilma, passo que ele tem adiado a fim de comprar tempo para tentar manter o comando da Câmara e o mandato de deputado federal.

AGUARDEMOS AS CENAS DO CAPÍTULO DE HOJE (...)

Fonte: Blog do Kennedy.

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Cosme Júnior