domingo, 16 de setembro de 2012

Saiba quem paga o alto custo das campanhas eleitorais.



Segue abaixo uma postagem feita por Welliton Resende do blog controle social relatando os altos custos das campanhas eleitorais no seu estado Maranhão. Pelo visto o problema é generalizado e vem assolando todos os municípios brasileiros. Nos pequenos municípios da nossa região a estória não é lá diferente, principalmente, quando a campanha é acirrada.  Muitos eleitores aproveitam o momento para fazer leilão com o seu voto e ai do candidato se não cobrir a oferta, pois o eleitor vai direto votar na  outra bandeira. 

Os pedidos variam entre chão de casa, R$ 4.000,00, R$ 700,00, peças para carro e moto, pagamento de contas de água e energia com meses de atrasos ou ainda, quando não tem mais o que pedir ao candidato afirma: “Eu não tenho em quem votar, só voto no candidato que construir um vão para minha casa”.

O candidato que engolir esta corda terá dois caminhos.  Se estiver na situação atrasará pagamento dos servidores, fornecedores, para as obras e se endivida, não podendo mais fazer nada; se estiver na oposição dilapida o patrimônio pessoal e recorre a agiotas para “custear” esta conta. No final das contas, dentro deste ciclo vicioso, nem a situação nem oposição consegue fazer nada pelo município. Por esta razão é que afirmam aquele dito popular: O político brasileiro é o mais religioso do mundo... em cada obra, leva um terço. Só sobra esta alternativa para tentar fechar a conta.  

Segue abaixo a postagem do amigo Maranhense.

Já virou rotina no nosso subtraído e roubado estado do Maranhão. De dois em dois anos é a mesma coisa, pois o processo eleitoral no Brasil nunca termina. Mesmo após as eleições, é a vez das intermináveis disputas judiciais para ver quem fica com o cargo eletivo. Aqui, bem longe da vontade do eleitor que depositou sua esperança no sufrágio.

Enfim, mazelas à parte, em uma passada rápida pelo interior do estado se percebe que as campanhas eleitorais já estão a todo vapor. Embora alguns candidatos deixem mesmo para derramar a dinheirama no mês de setembro.

Prepare-se para o chão tremer quando setembro chegar. No entanto, mesmo agora, já se nota a grande movimentação de carros de som, motos de som, bicicletas de som e toda forma de parafernália sonora que serve para massificar o nome e o número do candidato na cabeça do eleitor.

E também não podemos deixar de citar o exercito de pessoas que fazem o trabalho de "formiguinhas". Essas pessoas saem de casa em casa pedindo votos para determinados candidatos entregando santinhos, adesivos e demais materiais impressos. Uma festa para as gráficas que neste período lucram absurdas somas. Além dos "formiguinhas"; existem também os "bandeirantes", que são pessoas pagas para empunhar as bandeiras dos candidatos.

E uma das partes mais caras da campanha, sem sombra de dúvidas, é a plotagem de veículos. Caros leitores,  não pensem que a plotagem sai de graça, pois cada pessoa que empresta o seu veículo para servir de outdoor ambulante  recebe, no mínimo, um tanque de combustível por semana. Fora os custos com a plotagem em si, que é um processo de fotografia adesiva.

E a grande pergunta: quem paga toda essa conta? Raciocine comigo, o salário de um prefeito(a) no Maranhão fica em torno de R$ 8 a 15 mil mensais. Isto em valores brutos, pois ainda incidirá a alíquota de 27,5% do imposto de renda. Ao final, não sobra muita coisa e se torna praticamente impossível levar uma vida de marajá (como a maioria dos prefeitos levam). Ou seja, é um "investimento" que não trará retorno algum ao candidato.

Tudo isso serviu para mostrar que quanto mais alto for o custo da campanha, maior será o comprometimento dos cofres públicos. Pois a conta deverá ser paga e com juros altíssimos. Negociatas, agiotagem, direcionamentos a empresas, servidores fantasmas...são algumas formas utilizadas para o pagamento das dívidas contraídas na campanha eleitoral.

E quem paga essa conta? Adivinhem só!

Vale o ditado: "campanha cara, município ferrado".

Fonte: http://blogdocontrolesocial.blogspot.com.br/

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Cosme Júnior