segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Conhecendo o Açude Castanhão

Visitamos, neste dia 21, o açude Castanhão no vizinho estado do Ceará. Com uma capacidade de 6.700.000.000 m³ é o maior açude para múltiplos usos da América Latina. A expressão: “o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão” de Antonio Conselheiro se aplica muito bem as terras inundadas pelas águas deste reservatório, um verdadeiro mar em pleno sertão nordestino.

Para se ter uma idéia de sua dimensão, o açude Castanhão é 120 vezes maior que a  barragem de Pau dos Ferros, que tem uma capacidade de 54 846 000 m³ de água.

O Açude é todo monitorado por equipes do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, tem segurança armada, um guia no local e visitação ao Centro de Experimentação de Psicultura. Sugiro conhecer a cidade de Nova Jaguaribara que foi toda planejada com praças e espaçamentos consideráveis entres as ruas, uma vez que a antiga cidade foi completamente inundada pelas águas da Barragem. Planejamento este diferente dos pequenos municípios da nossa região. Sugiro conferir o pirão de peixe servido na peixaria do Zé Maria em Nova Jaguaribara.

Um pouco de história:

O Açude Castanhão é um açude brasileiro construído sobre o leito do rio Jaguaribe, considerado o maior rio seco do mundo, no estado do Ceará. Ele é, portanto uma represa, tecnicamente falando. A barragem está localizada em Jaguaribara, embora atinja outros municípios.

A obra foi iniciada em 1995, durante o governo de Tasso Jereissati, e concluída em 2003, pelo governador Beni Veras (PSDB), numa parceria entre a Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará - SRH-CE e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS.
A barragem castanhão foi inicialmente pensada pela família Cunha. Principalmente pelo Senhor José Holanda Cunha, figura conhecida que comandava a oligarquia da região na época. A família Cunha era dona das terras da fazenda Castanhão (que deu nome ao açude, por cobrir suas terras quase por inteiro) e o povoado conhecido como "Boqueirão do Cunha" onde o açude se encontra atualmente.

Durante a construção do açude foi necessário remover a antiga sede do município de Jaguaribara, que ficou sob as águas. Em substituição à cidade submersa, foi construída a cidade de Nova Jaguaribara.

O açude do Castanhão compreende os limites geográficos de pelo menos quatro municípios cearenses: Jaguaribara (Nova Jaguaribara), Alto Santo, Jaguaretama e Jaguaribe, dadas as suas grandes dimensões.

Representa importante mecanismo de controle das secas e das cheias sazonais que atingem o vale do Jaguaribe, assim como, cresce em importância para o restante do Ceará, enquanto reserva hídrica estratégica para o Estado.

Suas águas são vocacionadas para o uso na agricultura irrigada, piscicultura, pesca (esportiva e de subsistência), lazer náutico, assim como, através da construção do Canal da Integração, este açude terá suas águas levadas para abastecimento da população da Grande Fortaleza e para o Complexo Portuário do Pecém, onde permitirá a implantação de um pólo industrial. Não há uso atual como fonte hidroelétrica desta barragem.

A capacidade de armazenamento do Castanhão é de 6.700.000.000 m³, o que o coloca como o maior açude para múltiplos usos da América Latina. Sozinho, ele tem 37% de toda a capacidade de armazenamento dos 8.000 reservatórios cearenses. Antes do Castanhão a maior barragem cearense era o Orós, no município de mesmo nome, que também é uma represa no Rio Jaguaribe, mas que comporta pouco mais da metade da capacidade do Castanhão.

O Castanhão é uma maravilha da engenharia moderna, concluída neste século, mas cujos projetos iniciais remontam o século 19, quando surgiram os primeiros estudos para se edificar uma obra que garantisse reserva de água para enfrentar a irregularidade das chuvas no semi-árido Nordestino. Destaque especial merece o engenheiro da Universidade de Stanford, "Sir" Roderic Crandall, que identificou na área conhecida como "Boqueirão do Cunha", onde atualmente está este açude, uma série de marcadores geológicos que indicavam aquela ser a melhor região para a construção da barragem. Fonte: (http://pt.wikipedia.org/).

Segue algumas fotos retiradas da internet no período chuvoso:








2 comentários:

raquel disse...

O açude foi projetado pelo DNOS e construído pelo DNOCS. A identificação do boqueirão foi feita pelo geólogo Roderic Crandall, americano da California. Ao Governo do Estado do Ceará competia às ações sociais, como a construção de Jaguaribara.

O Rio Jaguaribe não é o maior rio seco do mundo. Desde a construção do açude Orós (1960)foi regularizada sua vazão (válvula dispersora, 1984).

Capacidade do Açude Orós: 1,9 bilhões de m³
Capacidade do Acude Armando Ribeiro Gonçalves: 2,1 bilhões de m³
Capacidade Açude Castanhão: 6,7 bilhões de m³

tricolor de aço disse...

Não existe obra que agrade a todos, esta BARRAGEM pelo visto, tem trazido muitos benefícios para vários Agricultores ,que passaram a não depender mais do bolsa família e de outros programas assistencialístas ,no entanto, existem outras pessoas que são contra ele,pois seria muito melhor que o dinheiro gasto nele tivesse sido deixado pra gastar no bolsa família ( que beneficiaria muito mais gente). Eu tou com a construção da BARRAGEM.

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Cosme Júnior