Procurador-Geral de Justiça,
Manoel Onofre de Souza Neto, destaca que a decisão do Desembargador Amaury
Moura é um marco no combate à corrupção no poder público em todo Brasil; e
reafirma que essa medida se processou de forma totalmente legal e respeitando a
Constituição Federal. Como ressaltou o Cientista Político da UFRN, José Antônio
Spinelli, em recente entrevista em u m telejornal da Capital, “do ponto de
vista da democracia é algo (o afastamento) que acontece dentro dos parâmetros
da Constituição, dentro dos parâmetros jurídicos”. Ele enalteceu o cuidado como
a investigação foi conduzida e esclareceu que “do ponto de vista institucional,
as coisas estão seguindo com respeito à Constituição e à democracia”; e não
poderia ser diferente, pois essa é uma das principais responsabilidades
constitucionais do MP: a defesa da democracia e da legalidade.
O Ministério Público reafirma a
legalidade do processo e ressalta que o afastamento da prefeita foi solicitado
no contexto de uma investigação criminal, como uma medida cautelar alternativa
ao pedido prisão preventiva prevista na legislação processual penal (art. 319,
inciso VI do CPP), em face da existência de fortes indícios da prática de crime
contra a administração pública pela investigada. Nesse tipo de medida cautelar
a urgência é elemento de legalidade importantíssimo, em especial para evitar a
continuidade ou a reiteração da prática do delito sob investigação. Como já
afirmado, a medida requerida foi tomada pelo órgão do poder judiciário
constitucionalmente encarregado de julgar o prefeito municipal no âmbito
criminal (art. 29, inciso X da Constituição Federal). Ressalte-se, que o Des.
Amaury Moura, na condição de relator do processo, tem competência para deferir
a medida cautelar criminal requerida pelo Ministério Público (art. 2º da Lei nº
8.038/90).
“O Ministério Público sempre
conduz suas investigações de maneira responsável e respeitando a legislação. Os
únicos fatores que interferem na atuação do MP são de ordem técnica. Realizamos
uma análise criteriosa e responsável de todas as provas e indícios colhidos
durante a Operação Assepsia; e em momento nenhum houve qualquer intenção
política por trás das ações do MP”, afirma Manoel Onofre.
“Reitero que nossas únicas
motivações são a garantia de preservação dos interesses da população e a busca
por uma gestão pública idônea, baseada nos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, previstos no Art. 37 da
Constituição Federal e imprescindíveis de serem observados rigorosamente por
qualquer gestor público. E não mediremos esforços nessa luta, seja qual for o
gestor ou partido político envolvido; pois nosso compromisso é com a sociedade
e com as leis do nosso país”, finaliza o Procurador-Geral de Justiça,
pontuando que “esse é um fato que não
pode servir de base para generalizações em relação à classe política”.
Fonte: Blog Thaisa Galvão
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