O livro de João Ubaldo Ribeiro, “Política – Quem manda, por
que manda, como manda”, é um convite a adentrar no cenário político, conhecer
os meandros desse poder que ganha várias formas dependendo do país onde o
modelo político está inserido. Primeiro, o autor dá uma breve explicação sobre
“Que coisa é a Política”. Sua explicação parte do termo “Política”, que segundo
ele, “na linguagem comum ou na linguagem dos especialistas e profissionais,
refere-se ao exercício de alguma forma de poder e, naturalmente, às múltiplas consequências
desse exercício” (1998, 9).
Ubaldo ressalta ainda no primeiro capítulo, que relacionar
Política somente a poder não satisfaz o que realmente o exercício representa.
Para ele vai além disso. Significa também que a Política é canalizadora de
interesses e objetivos. Na política acontece o processo de formulação de ideias
que se transformarão em tomadas de decisões.
Nos capítulos seguintes, o autor conceitua Estado, e
diferencia Estado de Nação, o que, segundo ele, em um Estado pode estar
concentradas várias Nações. Trocando em miúdos, Nação refere-se “a raça comum,
valores comuns, arte comum, hábitos comuns”. Seguindo a linha de raciocínio sem
perder de vista o termo Política, Ulbaldo faz breve menção ao significado de
Soberania, de Estado Soberano: “Estado que não se subordina a ninguém, que não
há poder acima dele” (1998, 41).
Democracias e Ditaduras também fazem parte da obra. Sobre o
primeiro, o autor afirma ser “o grau de liberdade e participação dos cidadãos
no processo decisório”, (1998, 71), na política. Longe de ser uma afirmação
absoluta, Ubaldo brinca e diz que esse grau é na democracia uma palavra ambígua
e pode ser encarada como piada em determinados Estados e em supostas
democracias.
O texto diz que a prática das eleições não é confiável pelo
Sufrágio Universal (voto), uma vez que há “eleições manipuladas, das formas
mais diversas com mecanismos que vão desde a compra de votos e a propaganda
deslegal até a adulteração de resultados, que não significam senão uma encenação
para dar fisionomia democrática ao regime (...). Além disso, “diversos sistemas
eleitorais, as qualificações exigidas de eleitores e candidatos e dezenas de
outros fatores podem fazer com que as eleições se prestem muito bem a mascarar
a ditadura sob a capa da democracia” (1998, 73).
Fonte: http://blogdofulviocosta
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