Quando se inicia o processo eleitoral também começa os discursos
mais acalorados, na maioria das vezes sem nenhuma razão de ser. Ao invés de
ajudar serve de combustível para o adversário usar em seu favor. O
ex-presidente norte americano Richard Nixon dizia: Vencer na política não é
tudo: é a única coisa. Partindo deste pressuposto faz-se necessário utilizar com
inteligência as armas que se dispõem, como num jogo de xadrez.
Ficar ouvindo as bravatas do adversário num dia e utilizar um discurso
suave e propositivo no dia seguinte, é a melhor resposta, segundo afirma o publicitário Duda
Mendonça, também conhecido como o homem responsável pela mudança na forma de
comunicação do PT e do presidente Lula, culminando com a vitória na eleição
presidencial de 2002.
Duda Mendonça, no livro Casos e Coisas, conta uma história que
acontecia, nas eleições de São Paulo, com o ex-prefeito Paulo Maluf:
“Todas as campanhas de Maluf se resumiam numa mesma história.
Começava bem, com bons índices nas pesquisas. Seus adversários o provocavam e
ele mordia a isca. Bate-boca, agressões, antipatia e pronto mais uma derrota.
Com a mudança o povo lhe dizia na Rua: É isso mesmo Maluf, não dê ouvidos para
ninguém, fale apenas de você e de seus projetos para São Paulo. Começou, então,
a aparecer um Maluf mais diferente, mais tranquilo e consequentemente mais simpático
para ira de seus adversários”.
Duda Mendonça tem um excepcional currículo na organização de
campanhas políticas, assessorou, além do presidente Lula e Paulo Maluf, o ex-governador
Garibaldi (Rio Grande do Norte), Miguel Arraes (Pernambuco), Zé Maranhão
(Paraíba), Roriz (Distrito Federal), Antero (Mato Grosso), Eduardo Azeredo
(Minas Gerais) dentre tantos outros.
A revista Veja na edição de setembro de 1998 o intitulou,
juntamente com o publicitário Nizan Guanaes, o mago da urna, os homens que criam as imagens
dos candidatos e mudam o rumo dos votos.
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