segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Política: Quem bate sempre perde.



Quando se inicia o processo eleitoral também começa os discursos mais acalorados, na maioria das vezes sem nenhuma razão de ser. Ao invés de ajudar serve de combustível para o adversário usar em seu favor. O ex-presidente norte americano Richard Nixon dizia: Vencer na política não é tudo: é a única coisa. Partindo deste pressuposto faz-se necessário utilizar com inteligência as armas que se dispõem, como num jogo de xadrez.

Ficar ouvindo as bravatas do adversário num dia e utilizar um discurso suave e propositivo no dia seguinte, é a melhor resposta, segundo afirma o publicitário Duda Mendonça, também conhecido como o homem responsável pela mudança na forma de comunicação do PT e do presidente Lula, culminando com a vitória na eleição presidencial de 2002.

Duda Mendonça, no livro Casos e Coisas, conta uma história que acontecia, nas eleições de São Paulo, com o ex-prefeito Paulo Maluf:

“Todas as campanhas de Maluf se resumiam numa mesma história. Começava bem, com bons índices nas pesquisas. Seus adversários o provocavam e ele mordia a isca. Bate-boca, agressões, antipatia e pronto mais uma derrota. Com a mudança o povo lhe dizia na Rua: É isso mesmo Maluf, não dê ouvidos para ninguém, fale apenas de você e de seus projetos para São Paulo. Começou, então, a aparecer um Maluf mais diferente, mais tranquilo e consequentemente mais simpático para ira de seus adversários”.

Duda Mendonça tem um excepcional currículo na organização de campanhas políticas, assessorou, além do presidente Lula e Paulo Maluf, o ex-governador Garibaldi (Rio Grande do Norte), Miguel Arraes (Pernambuco), Zé Maranhão (Paraíba), Roriz (Distrito Federal), Antero (Mato Grosso), Eduardo Azeredo (Minas Gerais) dentre tantos outros.

A revista Veja na edição de setembro de 1998 o intitulou, juntamente com o publicitário Nizan Guanaes, o mago da urna, os homens que criam as imagens dos candidatos e mudam o rumo dos votos.

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Cosme Júnior