O Tribunal de Justiça
do Rio Grande do Norte aprovou, esta semana, Resolução que, regulamentando
dispositivo constitucional, prevê o funcionamento da Justiça de forma
permanente, com atendimento nos horários normais de expediente e funcionamento
em regime de Plantão aos sábados, domingos, feriados e outros dias em que não
haja expediente, inclusive com possibilidade de apreciação e cumprimento de
medidas de urgência no período da noite, o chamado Plantão Noturno.
A nova sistemática de
funcionamento da Justiça Estadual será implantada a partir do dia 10 de
setembro. Haverá, fora dos horários normais de expediente, plantão permanente
para atendimento das medidas que exigem urgência no seu cumprimento. O Juiz
Guilherme Pinto, Auxiliar da Presidência do TJ/RN, explica que “fora dos
horários de expediente haverá dois tipos de plantão: o plantão diurno e o
plantão noturno” e detalha: “o plantão diurno ocorre das 8:00 às 18:00 horas,
todos os dias da semana em que não haja expediente ou que, por qualquer motivo,
o expediente normal se encerre mais cedo. Assim, neste horário, seja sábado,
domingo ou feriado, haverá plantão de Juízes e servidores para atendimento das
medidas de urgência que sejam requeridas ao Judiciário”.
Em relação ao plantão
noturno, explica Guilherme Pinto que a atual estrutura, com grande deficiência
de servidores e magistrados, ainda não permite um atendimento pleno, o que não
significa que o Judiciário potiguar vá deixar de atender às necessidades
urgentes da população. Segundo o magistrado, “o plantão noturno se destina a
casos excepcionais em que, realmente, a medida tenha uma urgência que não possa
esperar o dia seguinte. Neste caso, teremos Juízes e servidores de sobreaviso
das 18:00 horas até às 8:00 horas do dia seguinte e que poderão ser acionados
por uma Central de Atendimento, mas somente serão chamados se comprovado que
realmente a medida não poderia ter sido requerida antes e, também, que não pode
aguardar até às 8:00 horas da manhã”. Continua Guilherme Pinto, acentuando que
“o Plantão Noturno é uma excepcionalidade e para casos de extrema necessidade”,
e conclui: “o importante é que se realmente houver necessidade, haverá Juízes e
servidores para atender às necessidades mais urgentes”.
Em um primeiro momento,
o plantão noturno funcionará centralizado em Natal, embora possa o Juiz
plantonista apreciar medidas vindas do interior do Estado, mas, tão logo
preenchidos os cargos de juízes e servidores vagos nas comarcas do interior,
haverá funcionamento, também, em todas as regiões do Estado.
Indagado acerca das
dificuldades que poderão ocorrer na implantação desta nova sistemática, em
especial do Plantão Noturno, o Juiz Guilherme Pinto concordou que realmente haverá
dificuldades. “Basta observar que o plantão é da primeira e da segunda
instância, ou seja, o Tribunal de Justiça, com apenas 15 Desembargadores, irá,
de alguma forma, se manter em funcionando durante 24 horas por dia. É um enorme
esforço. E haverá dificuldades, também, na primeira instância, principalmente
nas comarcas do interior”, mas conclui: “estamos cientes das dificuldades que
iremos enfrentar e do esforço que teremos que empreender. Mas nem por isso
iremos deixar de prestar este serviço à população”. Por fim, fez questão de
lembrar que “esta é uma situação nova, uma experiência nova e que estará,
durante os próximos meses, passando, evidentemente, por uma fase experimental.
O Tribunal, especialmente a Corregedoria da Justiça, irá observar as
dificuldades que irão surgir, os maiores problemas enfrentados e, a partir daí,
faremos os ajustes necessários para que o serviço oferecido possa realmente
cumprir a sua função”.
Para a Presidente do
Tribunal de Justiça, Desembargadora Judite Nunes, “a nova regulamentação vem de
encontro às necessidades do cidadão e em atendimento à Constituição Federal. É
mais um passo na ampliação dos serviços que o Judiciário presta à população. É
mais uma porta de acesso à Justiça que se abre no Rio Grande do Norte”.
Reconhece a Desembargadora que “diante da enorme carência de pessoal que
atualmente temos, a implantação do plantão permanente representa um grande
esforço dos nossos magistrados e servidores, mas que não poderíamos negar aos
cidadãos do nosso Estado. Com todas as dificuldades, continuaremos cumprindo a
nossa função institucional”, conclui a Presidente.
Fonte: Site do TJ/RN.
sábado, agosto 25, 2012
Alex Maia
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