A seguir apresentamos algumas dicas de economia. Não se trata de evitar o acesso a cartões de crédito, cheque especial ou tantos outros benefícios oferecidos pelas Instituições Financeiras. As dicas apresentadas estão inseridas dentro de um orçamento extremamente comprometido devido às dívidas oriundas de atropelos de ordem econômica, tais como consumo excessivo, empréstimos desnecessários, juros tudo oriundo da falta de planejamento econômico. Não se trata de mesquinhez, mas de responsabilidade com o orçamento doméstico.
Diante deste cenário, segue as dicas abaixo:
Só use dinheiro vivo ou cartão de débito - e olhe lá. Corte seus cartões de crédito. Jogue fora os talões de cheque. Desabilite o cheque especial da sua conta bancária. Nunca faça crediário ou financiamento.
- Cheque especial
Além de ter juros altíssimos, eles são psicologicamente traiçoeiros. Se você tem um limite de R$1.000 no cheque especial e já está em menos R$500, é difícil não pensar que você *ainda* tem mais R$500 pra gastar. Obviamente, todo mundo *sabe* que é o contrário, mas e daí? Assim como tendemos a fazer os trabalhos no final dos prazos, também tendemos, ainda mais se no vermelho, a empurrar o limite do cheque especial.
Recomendo você fazer do pagamento da sua dívida no cheque especial a sua prioridade. E, assim que chegar a zero, peça ao seu banco para colocar sua conta do que eu chamo de "zero absoluto" ou "zero means zero". Quando chegar a zero, zerou. Pronto. Sem cheque especial.
Aí você me pergunta: "mas e se eu tiver uma emergência?". Bem, se você tiver uma emergência e seu banco lhe daria um limite de, digamos, R$1.000 no cheque especial, é porque seu banco também lhe daria um empréstimo de, no mínimo, esse mesmo valor. A vantagem, naturalmente, é que agora o processo é ativo e não automático (você tem que efetivamente correr atrás do empréstimo), os juros provavelmente serão menores que os do cheque especial e você nunca vai ter aquela impressão falsa (que o cheque especial passa) de que esse dinheiro é "seu".
Agora, se você me diz que todo mês tem uma emergência que te faz pegar dinheiro emprestado (e o cheque especial, obviamente, é isso), eu diria que você está em seriíssimos lençóis e precisa mudar radicalmente seu estilo de vida. Pra ontem.
- Cheque
Rasgue o talão. Devolva. Peça uma conta sem talão de cheque. A não ser para compras parceladas e pré-datadas (duas coisas que você NUNCA pode fazer), para que serve cheque? Só pra você se perder, se confundir, pra ter dinheiro saindo da sua conta em dias que você não espera.
- Parcelamento/crediário
Sério. Nunca. Nunca. Deixa eu repetir. Nunca. Se você não tem dinheiro pra comprar à vista, então é porque você não pode comprar.
Crediário é um jeito traiçoeiro de te convencer que você de fato pode pagar por coisas que você, de fato, não pode pagar - e mais caro, ainda por cima.
Quer comprar? Então faça um "crediário prévio" à moda antiga: vá economizando todo mês um pouquinho e então compre à vista. Melhor ainda, muitas lojas ainda dão enormes descontos para pagamentos à vista: às vezes, a diferença entre o desconto à vista e o ágio do crediário é mais da metade do preço do produto. E a internet ainda permite que você faça pesquisas de preços pelo país todo. Aproveite.
Naturalmente, se você não conseguir economizar pra comprar sua TV tela plana (porque sempre acaba usando o dinheiro para pagar sua conta de luz que está pra vencer), então, sinto muito, é porque você realmente não pode comprar uma TV tela plana, nem se fosse parcelado. Aliás, se tivesse comprado parcelado, estaria hoje ainda mais endividado do que antes. Esquece. Perdeu playboy, perdeu.
- Dívidas
Tira da cabeça essa idéia de que é normal viver endividado. Não é. Se você tem dívidas que pode pagar, deixe de gastar dinheiro em besteira e pague. Se você tem dívidas que não pode pagar, então sua vida financeira já está em colapso.
Para quem deve R$2 mil no cheque especial, é insano gastar até mesmo dois reais comprando o jornal do dia. Quem deve R$2 mil no cheque especial, NÃO TEM dois reais pra comprar o jornal do dia.
Para todos os fins práticos, você está se endividando, a juros escorchantes de 12% ao mês, pra comprar esse jornal. Vale mesmo a pena se endividar pra comprar um jornal? Ou pra almoçar? Ou pra ir ao cinema?
Encare o fato: Enquanto existir essa dívida no cheque especial ou outra de mesma proporção, você, realmente, de fato, pra todos os fins e efeitos, não tem dinheiro pra nada. Como não pode deixar de sobreviver, acaba até sendo obrigado a se endividar ainda mais pra pagar suas contas básicas. Todo o resto, entretanto, deve ser cortado sumariamente. Quem está pagando juros escorchantes do cheque especial é louco de gastar dinheiro em qualquer outra coisa que não seja pagar o raio da dívida.
0 comentários:
Postar um comentário