A presidente Dilma Rousseff abriu
reunião com governadores, prefeitos e ministros nesta segunda-feira e propôs
pactos entre os três níveis de governo em áreas como saúde, educação, reforma
política e responsabilidade fiscal.
A reunião e o discurso da
presidente são uma reação às manifestações que se espalharam por todo o país,
que tiveram seu ápice na semana passada.
Veja abaixo os pactos propostos
pela presidente a governadores e prefeitos.
1º Responsabilidade
Fiscal.
Dilma pediu aos governadores e
prefeitos que auxiliem o governo federal no controle de gastos "para
garantir a estabilidade econômica e o controle da inflação".
Segundo a presidente, este pacto
também é importante em um momento que "a prolongada crise econômica
mundial ainda castiga, com volatilidade, todas as nações".
2º Reforma Política e Combate À
Corrupção.
Dilma propôs aos 27 governadores
e 26 prefeitos presentes à reunião um pacto pela "construção de uma ampla
e profunda reforma política, que amplie a participação popular e amplie os
horizontes da cidadania".
A presidente aproveitou o
encontro para "propor um debate" sobre a convocação de um plebiscito
que autorize a instalação de uma assembleia constituinte específica para a
elaboração de uma reforma política.
Ela também defendeu como
"iniciativa fundamental" uma lei que estabeleça a corrupção como
crime hediondo e fez um apelo para que todos os níveis de governo implementem o
mais rápido possível a Lei de Acesso à Informação, como medida para aumentar a
transparência dos gastos públicos.
3º Melhoria da Saúde.
A presidente propôs que todas as
instâncias de governo "acelerem os investimentos já contratados" para
a construção de hospitais, unidades de pronto atendimento e unidades básicas de
saúde.
Ela também defendeu a criação de
incentivos para que médicos trabalhem nas regiões mais pobres e remotas do
país. Dilma voltou a defender a vinda de médicos do exterior para o Brasil,
medida que enfrenta oposição de entidades representativas dos médicos no país,
e disse que esses profissionais viriam ao Brasil para trabalhar exclusivamente
no Sistema Único de Saúde (SUS).
Dilma enfatizou que a proposta de
trazer médicos do exterior não é "hostil" à classe médica brasileira
e disse que as vagas a serem preenchidas serão sempre oferecidas primeiramente
a médicos brasileiros.
A presidente disse ainda que
tomará, ao lado de prefeitos e governadores, "uma série de medidas"
para melhorar as condições de trabalho nos hospitais públicos do país.
4º Transporte Público de Qualidade.
Dilma defendeu um "salto de
qualidade" do transporte público e disse que o governo federal estuda
"ampliar a desoneração" de PIS/Cofins que incide sobre o óleo diesel
para ônibus e energia elétrica para trens e metrôs. Segundo a presidente,
"esse processo pode ser fortalecido pelos Estados e os municípios com a
desoneração de seus impostos".
Ela anunciou ainda 50 milhões de
reais para "novos investimentos" em mobilidade urbana. A presidente
defendeu mudar a "matriz do transporte coletivo", construindo mais
metrô, VLTs (veículos leves sobre trilhos) e corredores de ônibus.
Dilma defendeu também uma maior
participação da população nas discussões sobre transporte público e, para isso,
anunciou a criação do Conselho Nacional de Transporte Público, que terá a
participação de representantes da sociedade civil e dos usuários. Ela disse que
a criação de órgãos similares em cidades e regiões metropolitanas também seria
importante.
5º Melhoria na Educação.
O último pacto defendido pela
presidente foi pela melhoria da educação, e ela voltou a defender a destinação
dos recursos arrecadados com os royalties do petróleo sejam destinados a este
setor.
A presidente lembrou que esta
proposta já foi enviada ao Congresso Nacional e se disse confiar que os
parlamentares aprovarão esse projeto de lei, mandado ao Legislativo em caráter
de urgência constitucional.
(Por Eduardo Simões)
segunda-feira, junho 24, 2013
Alex Maia

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