domingo, 31 de março de 2013

O Açude da Gangorra agoniza com a seca.


O açude de Santana mais conhecido como açude da Gangorra com capacidade para 7.000.000 m3 d’água encontra-se numa situação crítica. As raríssimas chuvas ocorridas nos meses de fevereiro e março deste ano em nada contribuíram para aumentar o volume de água. O açude gangorra é estratégico para o município de Rafael Fernandes, pois quando está com sua capacidade de água normal, mantém o nível de água dos cacimbões e pequenos poços cuja água é destinada a irrigação e para o consumo animal e doméstico.   Nas suas varzantes é cultivado feijão, milho, batata doce, capim dentre outros. Nas suas águas é praticada a pesca destinada a alimentação das famílias e para o comércio local.  

Em contato telefônico, hoje pela manhã, com o atual prefeito José de Nicodemo Ferreira Junior foi nos informado que, nos próximos dias, estará indo ao escritório do DNOCS em Fortaleza/CE e, posteriormente, em Brasília com o fim de empenhar recursos para a ampliação de 01 metro da parede do açude da Gangorra e a construção de várias barragens subterrâneas no curso do Rio Apodi Mossoró visando perenizá-lo no trecho que vai da comunidade Gangorrinha até a comunidade rural de Cacimbas no município de Rafael Fernandes. Ainda segundo o gestor não esta descartado a possibilidade de uma audiência pública para discutir com a população rafaelense o projeto.

HISTÓRIA.

O açude da Gangorra foi construído através de recursos da Inspetoria de Obras Contra as Secas – IOCS, atual DNOCS e graças ao esforço do Deputado Estadual e líder político pauferrense Joaquim Correia. A obra iniciou-se em 1908 e de acordo com relatos de populares e confrontados com outras informações somos levados a crer que o açude foi concluído de 1912 a 1913.  No grande inverno de 1917 foi necessário reduzir 80 cm da altura da parede de cimento e apenas em 1932 o referido açude veio a secar. 

Na gestão do prefeito de Pau dos Ferros José Ferreira da Costa (agosto de 1943 -  outubro de 1945) o açude Santana juntamente com o 25 de Março foram transferidos pelo governo federal a municipalidade. No ano de 2001 o açude passou novamente ao controle da união através do DNOCS e, atualmente, o município de Rafael Fernandes tem o usufruto vitalício. 

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Cosme Júnior