O açude de Santana mais conhecido
como açude da Gangorra com capacidade para 7.000.000 m3 d’água encontra-se
numa situação crítica. As raríssimas chuvas ocorridas nos meses de fevereiro e
março deste ano em nada contribuíram para aumentar o volume de água. O açude
gangorra é estratégico para o município de Rafael Fernandes, pois quando está
com sua capacidade de água normal, mantém o nível de água dos cacimbões e
pequenos poços cuja água é destinada a irrigação e para o consumo animal e doméstico.
Nas
suas varzantes é cultivado feijão, milho, batata doce, capim dentre outros. Nas
suas águas é praticada a pesca destinada a alimentação das famílias e para o
comércio local.
Em contato telefônico, hoje pela
manhã, com o atual prefeito José de Nicodemo Ferreira Junior foi nos informado
que, nos próximos dias, estará indo ao escritório do DNOCS em Fortaleza/CE e, posteriormente,
em Brasília com o fim de empenhar recursos para a ampliação de 01 metro da
parede do açude da Gangorra e a construção de várias barragens subterrâneas no
curso do Rio Apodi Mossoró visando perenizá-lo no trecho que vai da comunidade Gangorrinha
até a comunidade rural de Cacimbas no município de Rafael Fernandes. Ainda segundo o gestor não
esta descartado a possibilidade de uma audiência pública para discutir com a
população rafaelense o projeto.
HISTÓRIA.
O açude da Gangorra foi construído
através de recursos da Inspetoria de Obras Contra as Secas – IOCS, atual DNOCS
e graças ao esforço do Deputado Estadual e líder político pauferrense Joaquim
Correia. A obra iniciou-se em 1908 e de acordo com relatos de populares e
confrontados com outras informações somos levados a crer que o açude foi
concluído de 1912 a 1913. No grande
inverno de 1917 foi necessário reduzir 80 cm da altura da parede de cimento e
apenas em 1932 o referido açude veio a secar.
Na
gestão do prefeito de Pau dos Ferros José Ferreira da Costa (agosto de 1943 - outubro de 1945) o açude Santana juntamente
com o 25 de Março foram transferidos pelo governo federal a municipalidade. No
ano de 2001 o açude passou novamente ao controle da união através do DNOCS e,
atualmente, o município de Rafael Fernandes tem o usufruto vitalício.
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