O ministro que mais tem falado da
reforma da Previdência é Eliseu Padilha, que se aposentou aos 53 anos pela
regra antiga de Previdência dos parlamentares. Segundo reportagem de hoje do
jornal “O Estado de S.Paulo”, Padilha recebe mais de R$ 19 mil de aposentadoria
parlamentar. Outro colega de governo, Geddel Vieira Lima (Secretaria de
Governo), de acordo com o jornal, aposentou-se aos 51 anos com mais de R$ 20
mil mensais.
Essa regra previdenciária
parlamentar, um privilégio irrealista num país injusto socialmente como o
Brasil, acabou em 1997. No entanto, a União ainda gasta R$ 164 milhões por ano
para pagar aposentadorias e pensões de 1.170 pessoas, entre ex-deputados,
ex-senadores e dependentes. O valor daria para pagar a aposentadoria de 6.780
pessoas que recebem o benefício médio da Previdência, que é de R$ 1.862.
Esse é um exemplo das distorções
que privilegiam segmentos sociais em detrimento de outros. Padilha, que recebe
mais de R$ 19 mil por mês, propôs desvincular a regra de reajuste real do salário
mínimo de benefícios pagos a aposentados rurais e a idosos e deficientes
carentes.
Esse é um exemplo de que o debate
da Previdência ainda esquentará e terá um caminho muito mais árduo no Congresso
e até na opinião pública do que a “PEC do Teto”.
A reforma da Previdência é
necessária, mas deve ser feita com justiça social. O principal objetivo deve
ser impedir que pessoas com 50 e pouco anos, que, em regra, não são os mais
pobres, possam se aposentar tão cedo num país tão desigual.
Fonte: http://www.blogdokennedy.com.br
0 comentários:
Postar um comentário