A saída brusca de Cid
Gomes (PROS-CE) do comando do Ministério da Educação, após atritos e discussão
com a base aliada do governo federal, pode abrir espaço para a mineira Nilma
Gomes, professora da UFMG e que hoje ocupa o comando da Secretaria de Políticas
de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR). Isso
porque ela, junto do ministro da Comunicação Ricardo Berzoini, é favorita para
assumir a pasta deixada pelo ex-governador do Ceará.
De acordo com um
integrante do PT, Berzoini conta com o apoio da maior tendência interna do
partido, a "Construindo um Novo Brasil", grupo que o ex-presidente
Lula e o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, fazem parte. Por outro lado,
Nilma tem trâmite mais fácil nos movimentos educacional e negro, além de ter o
apoio, de acordo com a fonte ouvida pela reportagem de O TEMPO, do ministro
chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que chegou a ocupar o Ministério da
Educação durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff.
Perfil
Natural de Belo
Horizonte (MG), Nilma Lino Gomes é a nova ministra de Estado Chefe da
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da
República. Pedagoga, mestra em Educação pela Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG), doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo
(USP) e pós-doutora em Sociologia pela Universidade de Coimbra, Nilma é docente
do quadro da UFMG e pesquisadora das áreas de educação e diversidade étnico-racial,
com ênfase especial na atuação do movimento negro brasileiro.
Ela foi a primeira
mulher negra a chefiar uma universidade federal ao assumir o cargo de reitora
pro tempore da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira (UNILAB), cargo que ocupou desde abril de 2013. Além disso,
Nilma Gomes integra o corpo docente da pós-graduação em educação Conhecimento e
Inclusão Social - FAE/UFMG e do Mestrado Interdisciplinar em
Sociobiodiversidade e Tecnologias Sustentáveis (UNILAB). Foi Coordenadora Geral
do Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão Ações Afirmativas na UFMG (2002 a
2013).
É membro da Associação
Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), Associação Brasileira
de Antropologia (ABA) e da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros
(ABPN), da qual foi presidente entre os anos 2004 e 2006. A ministra da SEPPIR
também integrou a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação
(gestão 2010 - 2014), onde participou da comissão técnica nacional de diversidade
para assuntos relacionados à educação dos afro-brasileiros.
Fonte: site o tempo
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